terça-feira, 28 de julho de 2009

Vida de Rei no Principado

Há um ano estava de férias, curtindo uma vida de rei em Mônaco. E que férias! Passei uma semana viajando pela região de Provence-Alpes-Côte d'Azur. Além de Mônaco, estive em Nice, Cannes, Eze e Saint-Paul de Vence com amigos, um argentino e duas colombianas, em pleno verão europeu!

Depois de passar dois dias em Nice, onde a viagem começou, num hotelzinho (pra não chamar de ‘pensão’...) meia-boca perto da Gare de Nice, embarquei pra Mônaco.

A chegada ao hotel em Mônaco foi um episódio à parte... Partimos da Gare de Nice já em clima de praia: short, camiseta, havaiana, etc. e rumamos a Mônaco. Ao sair da estação não conseguíamos taxi para nos levar ao hotel. A solução foi tomar um ônibus. Quando descemos do ‘coletivo’, demos de cara com um hotel luxuosíssimo, cheio de Ferraris, Auston Martins, Lamborghinis, etc. estacionados na frente.

Sim, era nosso hotel. Não precisa nem mencionar a cara dos valets que estavam na porta olhando desconfiados pra gente, como se fosse uma cena surrealista, ou com medo de um arrastão... O nome do local: Hôtel Hermitage. Todo construído no estilo da Belle Epoque, o hotel tem uma vista magnífica e justifica ser considerado um dos melhores do Principado.


Alguns passeios são imperdíveis nas redondezas de Mônaco. Veja a troca de guarda no Palácio Magnífico, residência do Príncipe. No dia que visitei, estavam realizando um festival medieval e todos estavam vestidos a caráter. Aproveite para visitar o Musée et Institut océanographique de Monaco. Estenda a viagem, visite Eze e suba pela cidade até o topo. Não esqueça a máquina fotográfica, pois, juntamente com a subida, a vista é de tirar o fôlego. Eze fica pertinho de Mônaco e a visita é imperdível.

Por estar tão perto, passear pela Côte d'Azur é obrigatório, especialmente Nice e Cannes. Também aproveite para visitar Saint Paul De-Vence, uma pequena cidade medieval, famosa pelos personagens que a freqüentaram, tais como Marc Chagall, Matisse, Yves Montand, entre outros. Saint-Paul est un des hauts lieux du tourisme notamment pour ses très nombreuses galeries d'art. Le village a conservé derrière des remparts presque intacts, un aspect de ville féodale, qui gardait l'ancienne frontière du Var.

Passei dias muito divertidos entre jantares, praia, cassinos e night-clubs. Não gosto de cassinos, acho muito chato e, por princípio, não aposto nada. No entanto, tive que fazer uma exceçãozinha, já que estava em Monte-Carlo e decidi jogar... Por falta de experiência (e de dinheiro), fiquei nos slot machines e não cheguei a perder nenhuma fortuna, mas não ganhei nada. Na verdade, só o meu amigo Enrique conseguiu faturar uns 200 Euros na primeira noite, os quais renderam uma das garrafas de champagne na praia, no dia seguinte.

Em Mônaco, além de viver a Dolce Vita, não deixe de passear pela marina e ver os iates mais luxuosos do mundo, jogar, comer e beber bem, relaxar, e aproveitar tudo o que se pode. Enfim, curtir uma vida de rei pelo tempo (e dinheiro) que der, antes de ter que voltar pra casa e cair na real!

Minhas Dicas:
  • Onde ficar: Definitivamente no Hotel Hermitage! É um 5 estrelas super luxuoso que oferece um tremendo beneficio para seus hospedes: o Carte D’Or Pass, uma espécie de passaporte para alguns do melhores locais de Mônaco, incluindo o Casino de Monte-Carlo, Beach Club, Thermes Marins, alem de descontos em no Golf Club, Spas, entre outros. O cartão ajuda, inclusive, a entrar em lugares badalados, como o Jimmi’z Monaco, mesmo sem ter reserva. (www.hotelhermitagemontecarlo.com/)
  • Onde comer: Bar et Boeuf (www.alain-ducasse.com/public_us/cest_aussi/fr_barboeuf.htm), com uma vista maravilhosa e uma cozinha fantástica, é obrigatório jantar por lá. O Maya Bay (http://www.mayabay.mc/) que foi indicação de um amigo é outra boa opção para jantar. Depois da praia, dê uma paradinha durante a tarde no Café de París (www.montecarloresort.com/Esprit-Brasserie.html), para uma refeição ligeira e para apreciar a vista... uma verdadeira passarela.
  • Onde curtir a ‘balada’: Jimmi’z Mônaco (www.sportingmontecarlo.com/Le-Jimmy-z,825.html), e prepare a carteira... ‘Mojito: 38 Euros. Garrafa de Veuve Clicquot: 500 Euros. Ver e ser visto no Jimmy’s, não tem preço...’ Pois é, este é o espírito do Principado...
  • O que levar: Dinheiro e seus óculos escuros, para dar aquele ar de ‘estrela’.
  • O que não levar: O escorpião no bolso... deixe ele em casa.
    O que você não deve deixar de fazer: Alugar uma Ferrari por aproximadamente 100 Euros por uns 15 minutos e percorrer o trajeto do GP de F1 de Mônaco.
  • Compras: Em Saint Paul de Vence, não deixe de visitar as lojas que vendem azeites, geléias, especiarias, artesanatos, entre outros artigos. Se o seu bolso agüentar, visite as varias lojas que estão perto do Hôtel Hermitage e encontre algumas das grifes mais famosas. (http://www.saint-pauldevence.com/)

Importante:

  • O ‘barato’ de Mônaco é curtir todos os prazeres e pecados que o dinheiro permitir. Não é um passeio para quem está preocupado em economizar. Façam como eu, encontrem uma boa desculpa 'to indulge yourselves': Mônaco...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Virgens Americanas (As Ilhas!)

A segunda parte da viagem foi na porção ocidental das Virgin Islands, administrada pelos Estados Unidos (antigas Ilhas Virgens Dinamarquesas, antes de serem cedidas aos EUA), cuja capital é Charlotte Amalie.

Ficamos no Westin St. John’s (rede Starwood) até o final da viagem, para descansar do passeio de barco dos primeiros 5 dias. O hotel é legalzinho, tem um visual agradável, não tem nada de mais e se parece a qualquer outro resort. E está precisando de manutenção, já que muitas coisas não funcionavam... O atendimento é bom e a comida do restaurante principal é boa, mas o restaurante da praia e piscina, só tem ‘junk food’.

A propósito, se não gostar de iguanas, então é melhor nem passar perto do hotel... elas estão por todas as partes e algumas delas, mais abusadas e viciadas em 'junk food', vão atrás da comida sem a menor cerimônia, subindo nas espreguiçadeiras e hóspedes...

Tive que fazer um tour ‘inesperado e inusitado’ em St. John, já que tive que levar minha filha no meio da noite ao hospital local, pois a febre dela não abaixava. Nada grave. E por sorte já não estávamos no barco... o hospital tinha boa estrutura e ela foi excelentemente bem atendida pela equipe de plantão e pelo medico (que tinha mais cara de surfista do que de ‘doutor’). Como os hospitais no resto dos EUA podiam ser assim, com um bom atendimento... e rápido!!!

No dia seguinte, fiquei no hotel cuidando da minha filha enquanto meus amigos foram visitar Trunk Bay. Essa praia oferece uma trilha submarina para praticantes de snorkel e é uma das principais atrações de St. John. Trunk Bay é mantida pelo National Park Department dos EUA (por isso tem que se pagar uma taxa para entrar lá).

No final desse dia, fiquei no hotel comendo pizza... enquanto meus amigos curtiam um excelente jantar Morgan’s Mango. Todos ficaram satisfeitíssimos com a comida e a atenção da dona que é uma argentina.

Finalmente, no dia seguinte pude voltar a aproveitar as férias e passei o dia relaxando no hotel. Só saí à noite pra jantar no restaurante Terrace. A comida e o atendimento estavam excelentes! No dia seguinte, hora de voltar pra casa, uma Odisséia entre barco, táxi, conexões de avião, tudo com o tempo contado, mas chegamos em casa na hora prevista...

Minhas Dicas:

  • Onde comer: Morgan’s Mango e Terrace.
  • Passeios: Trunk Bay, localizada a 2 milhas do centro da cidade (Cruz Bay on Route 20, North Shore Road).
  • O que levar: (1) Paciência... não estresse o pessoal da ilha! Deixe-os viver no ritmo deles... quem quiser que se adapte! (2) Se está viajando com crianças, é importante ter sempre Tylenol ou Motrin à mão no caso de febre, especialmente em lugares onde não existem farmácias 24 horas... (3) Seguro de Viagem...
  • O que não levar: sapatos. Aproveite para andar descalço ou de havaianas.
  • Para mais informações sobre Saint John: www.usvi.net/usvi/stjohn/index.htm

Importante:

  • Negocie os passeios com os taxis antes de subir. Apesar de existir uma tabela, a cobrança pelas crianças e maletas vai de acordo com a cara do cliente...
  • Planeje sua chegada antecipada para fazer as travessias de balsa ou ferry entre British Virgin Islands e US Virgin Islands. O processo é lento e se perder a embarcação vai demorar para sair a próxima... portanto, evite stress desnecessário, seja na ida ou na volta.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Marinheiro de Primeira Viagem em Ilhas Virgens

Há uma semana que regressei das Ilhas Virgens, um arquipélago que tem uma beleza natural fantástica. Obviamente, a melhor forma de viajar e conhecer os detalhes das ilhas, as praias e, ao mesmo tempo, curtir o prazer de estar no mar, é viajando de barco.

Foi o que fizemos, junto com outras 3 famílias de amigos. Alugamos 2 catamarans e passamos os primeiros 5 dias da viagem velejando. A viagem é confortável e prazerosa, embora os enjôos sejam normais, especialmente no primeiro dia. Nada que um comprimidinho de Dramamine não resolva... O difícil foi acostumar com a terra firme novamente... quase uma semana para me acostumar...

Começamos a viagem por Tortola, pela porção oriental do arquipélago que pertence ao Reino Unido, nas denominadas Ilhas Virgens Britânicas, cuja capital é Road Town. O passeio de barco foi acertado antecipadamente com The Moorings, um dos varios ‘boat charters’ que operam no local. Os barcos são novos e bem estruturados, com direito a quarto, banheiro com água doce, cozinha, sala de estar, deck, bote para locomoção, etc., que acomodam confortavelmente a duas famílias. As companhias também oferecem aluguel de equipamentos de pesca, snorkel, caiaques, etc.

Obviamente, o serviço de charter incluía um capitão para velejar a embarcação, já que minha experiência com veleiros não tinha passado, ate então, de velejar um hobby catch e uma aula básica no ‘Shake a Leg’ em Miami. As empresas de charter também oferecem serviço com cozinheiro, mas nosso grupo preferiu cozinhar e tivemos um menu excelente, com direito até a churrasco (!!!).

O passeio de barco, por si só, já vale a pena. Velejar é uma experiência emocionante que te permite interagir com as forças da natureza. O Island Times (nosso barco) cruzou o arquipélago nos 2 primeiros dias com as velas cheias de vento e velocidade total. Apesar de balançar um pouco nessas condições, o passeio é agradável e divertido.

Durante o passeio conhecemos varias praias e as ilhas, incluindo Tortola, Norman Island, Cooper Island, Marina Cay e Beef, mas o titulo de mais bela fica para a Virgin Gorda (nome da ilha)... as praias são lindíssimas e para aceder a uma delas é necessário caminhar por uma caverna natural.

Na Norman Island vale ancorar o barco e jantar no restaurante ‘Pirates Bight’ onde comi o ‘Caribbean Spiced Mahi-Mahi’. Detalhe, com tanto mar em volta, não conseguimos encontrar peixes frescos nos restaurantes das ilhas... quer dizer, são importados da Florida e chegam às ilhas congelados...


‘Pega-turista’: todo dia de lua cheia a ilha Beef celebra uma festa... ainda que o ambiente seja gostoso, é coisa pra turista e não vale a pena acordar tão cedo com o barulho dos aviões que chegam cedinho ao aeroporto que está ao lado do ponto onde as embarcações ancoram.


Em conclusão, gostamos tanto, que estamos planejando velejar novamente, em breve, logo que as agendas possam ser conciliadas novamente e se Deus permitir. Próximo destino: Estreito de Bósforo na Turquia...

Minhas Dicas:
  • Onde dormir: No barco. Passe a primeira noite ancorado para ir acostumando e saia na manhã seguinte, cedinho.
  • Onde comer: Pirates Bight na Norman Island (http://www.normanislandpirates.com/).
  • Boat Charter: The Moorings (http://www.moorings.com/) é uma boa empresa, mas existem outras opções como a Sun Sail (http://www.sunsail.com/), entre tantas. Se viajar no verão, prefira um barco com ar condicionado.
  • Suprimentos pro barco: A melhor opção que encontramos foi o Bobby´s Marketplace (http://www.bobbysmarketplace.com/). Os preços são razoáveis (comparados ao resto da ilha) e tem bastante variedade, embora comprar carne na região não é uma missão muito fácil...
  • O que levar: Dramamine! E protetor solar...
  • O que não levar: Um montão de coisas! Viaje leve. Já que o espaço de armários é pequeno no barco e não é necessária muita roupa mesmo. Só o básico para passar o dia no mar e roupa fresca pra noite.

Importante:

  • Leve dinheiro no barco, pois é necessário pagar nos pontos de ancoragem e para comprar suprimentos, se necessário.
  • Confira se seu barco tem conexão para i-pod e leve os cabos necessários.
  • Leve bastante água e frutas frescas para ajudar a hidratar.
  • Quem está na água é pra se molhar... Esteja disposto a ajudar no barco, especialmente a velejar. O capitão sempre precisa de ajuda.
  • Selecione bem seus parceiros de viagem, já que é um espaço muito pequeno para passar os dias e é necessário ter muita afinidade!
  • Avise o pessoal do trabalho que você está de férias e que estará incomunicável. O sinal de celular é limitado e não tem onde recarregar a bateria... sim, eu sobrevivi 5 dias sem meu Blackberry... Em todo caso, para aqueles que não podem sobreviver ‘unplugged’, existem serviços de telefone e internet satelital disponíveis para aluguel.

domingo, 19 de julho de 2009

Ilíada: O Começo da Viagem

Esse é meu primeiro 'post', o começo da viagem, a primeira página do meu diário de bordo, através do qual quero compartilhar com amigos e interessados, minhas experiências, viagens, dicas, sabores, sons, imagens, gostos (que não se discutem), etc.. Enfim, tudo o que faz dessa vida, uma viagem, uma odisséia.

No meu Blog, como em todas as partes do mundo, existem múltiplos idiomas, crenças, culturas, costumes, diversidade... e, como bom viajante, respeito os diferentes pontos-de-vista. Por isso, não tenha preocupação de criticar, sugerir, contribuir para esse Blog e com esse Blogger.

Convido a vocês que me acompanhem nessa jornada. Apertem os cintos e desfrutem o passeio!

Imagem: Ulisses amarrado ao mastro do seu barco na tentativa de superar a atração das sereias. Quadro de Leon Belly As Sereias (Museu do l'Hotel Sanderin, Saint Omer, França).